Faa um 2016 diferente
Passamos o ano de 2015 falando de crise. Repetindo e reforando que o pas est em dificuldades e discutindo onde isso nos afetava. E no para menos. O Brasil realmente no vai bem, economicamente, politicamente e moralmente. Cenrio que poder demorar um pouco para mudar.
Mas nossa mensagem nesse fim de ano no pra desanimar ningum. Apesar dos pesares, sobrevivemos. Chegamos ao fim de 2015 mantendo os empregos. Houve demisses no nosso setor? Sim, houve, mas em menor escala que em outros setores da economia, como o industrial.
Conseguimos manter a poltica de garantir ganhos reais na recomposio dos salrios, manter as conquistas sociais. Este ano fechamos at mais cedo a Conveno Coletiva de Trabalho, o que foi bom no s pra ns, mas tambm para as empresas. O desgaste foi menor, e pudemos nos focar no trabalho em si, que o que faz girar a grande roda da economia.
Se algum tivesse a receita para acabar com a crise, ela j teria sido colocada em prtica. O que podemos fazer o nosso dever de casa. Cada um voltar a ateno para a empresa em que trabalha, cobrar de seu patro o cumprimento da Conveno Coletiva de Trabalho e das demais leis trabalhistas. Isso o mnimo que voc precisa para atuar com mais empenho, dedicao, que tanto as empresas precisam nesse momento delicado da nossa economia. Lembrando que ns comercirios somos a maior categoria de trabalhadores do Brasil.
Os empresrios brasileiros mais antigos j passaram por crises econmicas to severas quanto a atual, quando era preciso reajustar os salrios mensalmente, devido inflao galopante. Precisaram se ajustar, se reinventar, mas resistiram. Todos devem isso aos seus funcionrios, que tambm precisaram inovar. Mas esta motivao s haver se houver contrapartida, ou seja, se a empresa tambm investir no empregado.
Estudos mostram que existem empresas que crescem com a crise. So as que valorizam os recursos humanos, procuram se ajustar, fazer diferente. Empresrios que entendem que o combustvel dessa mquina o funcionrio, que o empregado que traz o dinheiro para a empresa, quem gasta saliva, argumentos, simpatia e outros recursos para convencer pessoas que no estavam dispostas a gastar a comprar algo. assim que se enfrenta a crise: com trabalho, unio de esforos e respeito aos direitos dos trabalhadores.
Sindicato dos Empregados no Comrcio de Londrina