Aps assdio moral, bancria teria abortado dentro de agncia e sido obrigada a continuar no trabalho

Despacho do Ministrio Pblico relata que feto teve que ficar guardado dentro de saco plstico

Uma funcionria do Banco Ita S.A. de Palmas (TO) passou mal e supostamente sofreu um aborto espontneo durante o expediente, segundo o depoimento de diversos colegas de trabalho. A denncia foi feita pelo Sintec-TO (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Crdito do Estado do Tocantins) ao MPT (Ministrio Pblico do Trabalho) de Tocantins.

Segundo o MPT, a instituio financeira estaria submetendo no s a mulher que abortou como outros empregados a excesso de servio. A prtica estaria ocasionando problemas fsicos e psicolgicos aos funcionrios.

No caso da grvida que supostamente perdeu o beb, segundo o MPT, mesmo ensanguentada, a empregada no pde sair da agncia at fechar a tesouraria, trs horas aps o aborto.

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Durante o perodo o feto ficou guardado dentro de um saco plstico. Para completar, a funcionria ainda teve seu direito legal de licena de 30 dias reduzido para quatro.

Aps receber a denncia, o MPT-TO solicitou a condenao do Banco Ita S.A. na Justia Trabalhista por assdio moral organizacional. A multa pretendida de R$ 20 milhes.

Em nota, o banco classificou o caso como "estarrecedor" e informou que "fere os mais fundamentais princpios da organizao e inadmissvel na nossa tica e cultura de respeito e valorizao dos profissionais".

Tambm afirmou que o Ministrio Pblico do Trabalho "conduziu as investigaes sob sigilo" e que, por conta disso, s teve "acesso aos documentos nesta manh". O Ita informou que vai iniciar "a apurao dos fatos, inclusive, para aplicao das devidas penalidades funcionais, cveis e trabalhistas".

Outros casos

Alm da situao citada acima, o MPT-TO afirmou que foram vrios os relatos de presso excessiva exercida pela agncia, o que impossibilitava muitas vezes o almoo de seus funcionrios ou os obrigava a ficar muito alm do expediente, sem anotar as horas-extras trabalhadas corretamente.

A investigao do MPT foi conduzida pela procuradora Mayla Alberti, que solicitou um posicionamento do banco que, segundo o MPT, se manteve inerte durante todo o procedimento, sem apresentar os documentos solicitados, nem responder as notificaes enviadas.

Para Mayla os depoimentos demonstram que o Banco Ita sobrecarrega os funcionrios com acmulo de funes e carga excessiva de trabalho.

— Os depoimentos colhidos so unssonos e demonstram que a r sobrecarrega seus funcionrios com acmulo de funes e carga excessiva de trabalho, muitas vezes no computando a integralidade das horas suplementares laboradas, contribuindo para um flagrante prejuzo sade fsica e mental dos obreiros.

Confira abaixo a nota na ntegra emitida pelo Banco Ita S.A.:

"O fato relatado estarrecedor, fere os mais fundamentais princpios da organizao e inadmissvel na nossa tica e cultura de respeito e valorizao dos profissionais. O Ministrio Pblico do Trabalho conduziu as investigaes sob sigilo, por isso tivemos acesso aos documentos somente nesta manh. Desta forma, iniciamos a apurao dos fatos, inclusive, para aplicao das devidas penalidades funcionais, cveis e trabalhistas."

*Com a colaborao de Victor Labaki - R7

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